domingo, 5 de setembro de 2010

Criar pontes

Hoje em dia o hit do momento é a tal ponte que precisa ser criada: você enche a vida de teoria e afunda a prática. Muito tempo se ouve falar em tecnologia adaptada: não existirá mais doméstica humana, seremos cuidados por máquinas programadas para os afazeres. O tempo foi passando e ainda às domésticas estão atuando, mas automatizam coisas mais graves: o direito de pensar sem a ajuda do Google, por exemplo. Era digital, comunidade virtual, orgia online, demagogia em rede, e assim vamos entrando em um mundo automatizado e artificial, e pelo visto, as protagonistas desse novo mundo são imagem e futilidade. Gente que se preocupa tanto com status que perde a identidade.
Então me pergunto até que ponto precisamos renunciar para se tornar associados aos padrões, ditados como certos? Aceitamos o salto mesmo que custe viver uma vida de aparência, ou optamos por sermos nós mesmos, correndo o risco de ser excluído da sociedade digital? Tenha cuidado, ser atual, não é ser infeliz, ser atual, é curtir o novo com a certeza de que o que é seu, deve permanecer dentro de você, porque o sentimento verdadeiro é manual, não automático.

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