quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
Coisa rara - A Elegância do Comportamento
Existe uma coisa difícil de ser ensinada e que, talvez por isso, esteja cada vez mais rara: a elegância do comportamento. É um dom que vai muito além do uso correto dos talheres e que abrange bem mais do que dizer um simples ‘obrigado’ diante de uma gentileza.
É a elegância que nos acompanha da primeira hora da manhã até a hora de dormir e que se manifesta nas situações mais prosaicas, quando não há festa alguma nem fotógrafos por perto. É uma elegância desobrigada.
É possível detectá-la nas pessoas que elogiam mais do que criticam. Nas pessoas que escutam mais do que falam. E quando falam, passam longe da fofoca, das pequenas maldades ampliadas no boca a boca.
É possível detectá-la nas pessoas que não usam um tom superior de voz ao se dirigir a frentistas, por exemplo. Nas pessoas que evitam assuntos constrangedores porque não sentem prazer em humilhar os outros.
É possível detectá-la em pessoas pontuais.
Elegante é quem demonstra interesse por assuntos que desconhece, é quem presenteia fora das datas festivas, é quem cumpre o que promete e, ao receber uma ligação, não recomenda à secretária que pergunte antes quem está falando e só depois manda dizer se está ou não está.
Oferecer flores é sempre elegante. É elegante não ficar espaçoso demais.
É elegante você fazer algo por alguém, e este alguém jamais saber o que você teve que se arrebentar para o fazer… porém, é elegante reconhecer o esforço, a amizade e as qualidades dos outros.
É elegante não mudar seu estilo apenas para se adaptar ao outro.
É muito elegante não falar de dinheiro em bate-papos informais.
É elegante retribuir carinho e solidariedade.
É elegante o silêncio, diante de uma rejeição…
Sobrenome, jóias e nariz empinado não substituem a elegância do gesto.
Não há livro que ensine alguém a ter uma visão generosa do mundo, a estar nele de uma forma não arrogante. É elegante a gentileza.
Atitudes gentis falam mais que mil imagens… Abrir a porta para alguém é muito elegante…
Dar o lugar para alguém sentar… é muito elegante…
Sorrir, sempre é muito elegante e faz um bem danado para a alma…
Oferecer ajuda… é muito elegante…
Olhar nos olhos, ao conversar é essencialmente elegante…
Pode-se tentar capturar esta delicadeza natural pela observação, mas tentar imitá-la é improdutivo. A saída é desenvolver em si mesmo a arte de conviver, que independe de status social: Se os amigos não merecem uma certa cordialidade, os desafetos é que não irão desfrutá-la.
Adaptação de trecho do livro “Educação Enferruja por Falta de Uso”, de Henri de Toulouse-Lautrec
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Feliz 2010
Mais um ano está aí, gente entrando com o pé direito, outras com o esquerdo, e outras que nem entraram ainda, não perceberam que o ano velho, é agora um senhor inoperante.
Engraçado, que há um ano, 2009 era o Cara, todos desejavam logo sua presença, agora ele é simplesmente, descartado, como um qualquer, sem efeito, sem ação.
2010 ganhou espaço, e acorda senhor 2010, aproveita seus 12 meses de fama, porque daqui há um ano, é a vez de 2011.
É maneiro comemorar, quem não comemora, vegeta. O que não é nada maneiro é a quantidade de hipocrisia nessas datas rotuladas, classificadas, como uma data do bem, como se chegasse um anjinho no seu ouvido e dissesse:
- Hoje é dia de se comportar bem! Seja educado. Amanhã, pode voltar ao seu caráter natural.
Não quero parecer encanada com coisinhas, mas não posso ignorar essas palhaçadas. Não entenda como crítica, até porque, não sou eu, o presidente (tampouco), ou qualquer autoridade mundial, que pode criticar alguém, como se fosse o dono da cova e proprietário dos leões, ninguém tem alçada moral. Se forem 10 pessoas na comemoração do seu aniversário, sinta-se feliz. Gosto muito de surpresas, de fazer o inesperado, porque o inesperado não cria cobrança, você não esperava, por que de cobrar, certo?
Me perguntaram ontem: - Você quer casar? Eu desesperada com a pergunta, respondi que NÃO!
Talvez para uma pessoa de 21 anos, essa pergunta surte o mesmo efeito de: - Quem é o melhor político do mundo? Vai a merda, eu sei lá. Pergunta difícil, resposta, o silêncio.
O melhor presente que eu ganhei em 2009, foi conseguir chegar em 2010, bom, acho que vou chegar. Isso é o importante, superar, alcançar, chegar! Querer amor, paz, saúde, dinheiro, TODOS querem, então, mudamos o script, façamos uma dedicatória melhor, mais criativa, impressione, vai, vamos INOVAR. Por que você não chega no seu marido e diz: - Bom, o ano foi bom, você me traiu, mas escondeu, deixou a meia com chulé no sofá, mas eu lavei, deixou a cueca dentro da panela de pressão, mas eu retirei, ligou com o número oculto para me vigiar, mas eu fingi não percebi, no entanto, o ano ao seu lado valeu a pena.
Mas é claro que não, quando o relógio anunciar o novo ano, você dirá: - Meu amor, eu te amo e quero você eternamente na minha vida!
Bom, cada pescoço com a sua cabeça. Não esqueça, viva a vida com alguém, mas não dê sua vida para ninguém, não dependa das pessoas, fique perto delas, pelo simples prazer de gostar delas.
Um 2010 diferente. Que as coisas ruins de 2009 sejam apagadas, mas as boas, mantidas na vida de cada um.
Bjim
Jana
segunda-feira, 21 de dezembro de 2009
De qualquer forma, curtam esse momento com a família, sozinho, não importa, o que importa é ser feliz e sorrir, sorrir muito nas festas de fim de ano, beba, vomite, dance, rebole, pule, chore, grite, faça tudo, e acima de tudo, lave a alma, seja com água, seja com pinga, mas lave! Comece um ano novo diferente! Não use clichês nessa data, não rotule sua vida, faça o que te faz feliz, fique perto de pessoas queridas, seja educado com todos e discreto o máximo que puder!
E...Um ótimo 2010 para vocês!
Beijos,
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.
Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.
Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.
Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Sou muito legal, mas também sei ser franca e, definitivamente, cansei, cansei de ver a mesma cena, com elencos diferentes.
Bubu
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
sábado, 26 de setembro de 2009
sábado, 19 de setembro de 2009
segunda-feira, 17 de agosto de 2009
sábado, 8 de agosto de 2009
domingo, 19 de julho de 2009
quinta-feira, 9 de julho de 2009
Será que mudar tem a ver com o que procuramos? Pergunta que parece de resposta tão óbvia, mas que analisada profundamente, torna-se um pouco complicada de responder! Até que ponto somos responsáveis pelas mudanças que acontecem em nossas vidas? Até que ponto as pessoas que têm um "certo domínio" em nossa vida, interferem nas nossas mudanças? Você gosta de mudar? Você tem equilíbrio para encarar uma mudança como, sair do Brasil e ir morar no Iraque? Cada dia que passa sinto que não podemos nos apegar a nada tão rapidamente, sabe por que? Porque quem é emotivo demais, sofre mais. Também, não quero ser rotulada como a insensível que quer que todo mundo morra! Não, simplesmente, quero que todos sejam felizes com as mudanças que escolheram. Quer ser pintor? Busque as melhores cores e faça as pessoas felizes com o seu trabalho, sinta prazer no que faz! Quer ser motorista? Ótimo, busque tratar bem seu passageiro, faça ele enfrentar o trânsito sorrindo, é mesmo uma missão meio que impossível! Quer ser astronauta? Maravilha! Vá a lua e descubra se existe um outro planeta, aprenda com os ETs, traga alguma mania boa deles para a terra, compartilhe diferenças! Estão vendo? De tudo podemos trazer algo para nossas vidas. Não importa o que você faça, mas sim a intensidade que você conduz as coisas! Não posso ser veterinária, se não gosto de animais! Faça isso, brilhe no que faz. Use a humildade e senso de humor para levantar da cama com vontade, com prazer, com gosto de quero mais da vida, das pessoas, do seu amor, dos seus amigos, não perca nunca a sensação de gula afetiva, queira sempre pessoas do bem do seu lado, te ajudando, te querendo bem, te fazendo feliz! Estão vendo essa foto? São todas pessoas maravilhosas, que me fizeram aprender muito, aprender que por mais que as coisas não andam lá essas coisas, não posso perder a vontade e ela, a gula afetiva! Hoje, muitas não estão mais do meu lado, no entanto, essa mudança não mudou o que cada uma deixou dentro do meu coração. Mude, mas não mude o que está de bom dentro de você, apenas, aprimore, inove, sinta e seja feliz, muito feliz!
Prometem?
Beijos,
Janaina